Economia verde

29/05/2016

Ao contrário do que se imagina, a crescente procura por projetos de eficiência energética está mais relacionada às questões ambientais do que ao aumento do custo da energia elétrica.


É mais do que evidente a importância adquirida pelas questões ligadas ao meio ambiente nas duas últimas décadas. Um bom exemplo disso foi a criação, em evento ecológico realizado no Rio de Janeiro, em 1992, da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). A convenção, ratificada em 1994 por 196 Estados-nações que constituem as “partes” para a convenção, reconheceu a existência de mudanças climáticas ocasionadas por ações humanas e estabeleceu que os países industrializados deveriam ser os grandes responsáveis pelo combate aos danos ao clima. A ação se perpetuou até os dias atuais e, entre novembro e dezembro de 2015, houve a 21ª conferência destas partes, a chamada COP-21, que resultou em um novo acordo global, o chamado Acordo de Paris, assinado por 195 partes e pela União Europeia, que tem como um de seus objetivos limitar o aquecimento global a 1,5 ºC.

Esta consternação com os rumos ecológicos acarretou mudanças também no modo como os agentes do setor elétrico pensam a geração e o consumo de energia elétrica, pondo em foco ações direcionadas à eficiência energética. O objetivo: consumir menos energia e menos recursos naturais. Acrescente a este comprometimento em preservar o meio ambiente a escassez de recursos energéticos e a consequente elevação de custos da energia. No Brasil, por exemplo, conforme o Plano Decenal de Energia 2024, desenvolvido e publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no ano passado, a participação da energia conservada no consumo do país, por meio de projetos de eficiência energética, que em 2014 foi de 0,7%, passará para 3,9% em 2018, chegando a 6,5% em 2023. E neste ano, em que o consumo potencial sem conservação seria de 834.643 GWh, o consumo final, considerando a conservação, atingiria a marca de 780.421 GWh, representando uma economia de mais de 54 mil GWh. Para se ter uma ideia de como a economia de energia avançará nesta próxima década, em 2014, o consumo potencial sem conservação foi de 539.111 GWh e o consumo final, considerando a conservação, de 535.205 GWh, equivalente a uma energia conservada de apenas 3.906 GWh.

 

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